quinta-feira, 27 de abril de 2017

Uma outra forma de acesso do Pedagogo à Marinha

Prezados Pedagogos Concurseiros trago neste post uma outra opção para aqueles que desejam servir à Marinha do Brasil, porém como é uma forma alternativa trás consigo algumas particularidades interessantes e que deverão ser levadas em consideração ao escolherem este caminho.

PROCESSO SELETIVO DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL SUPERIOR DAS ÁREAS DE  SAÚDE, APOIO À SAÚDE, TÉCNICA, MAGISTÉRIO E ENGENHARIA, PARA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR VOLUNTÁRIO COMO OFICIAIS TEMPORÁRIOS DA
MARINHA DO BRASIL

            A primeira grande diferença nesta modalidade é que o processo não é nacional, é um processo realizado no âmbito dos 9 Distritos Navais (DN) onde cada um estabelece suas vagas e seu calendário, porém o formato de seleção é o mesmo para todos os Distritos.




             Como exemplo vou discorrer sobre o último processo do 1º DN (RJ, ES e parte de MG), mas em https://www.marinha.mil.br/ensino/?q=content/processo-seletivo-para-o-servi%C3%A7o-militar-volunt%C3%A1rio poderão acessar o link para cada Distrito, basta clicar sobre a Região desejada.

            Os voluntários aprovados e classificados dentro do número de vagas serão convocados para cumprir um período inicial no Serviço Militar Voluntário (SMV), o qual terá duração total de doze meses, e será prestado na forma de Estágio.
            Esses estágios serão divididos em duas fases:
            A primeira, destinada à INSTRUÇÃO MILITAR-NAVAL, terá duração de 45 dias, sendo realizada em Órgão de Formação da Reserva (OFR) ou Centro de Instrução (os incorporados receberão instrução Militar-Naval, sendo capacitados ao exercício de atividades técnico-administrativas correlatas às profissões de nível superior para as quais foram selecionados, e serão avaliados mediante aplicação de testes estabelecidos em currículo disciplinar, referentes à formação Militar-Naval do EAS ou do EST), sendo complementada, quando for interesse da Administração Naval, pelo Estágio de Qualificação de Prática Militar-Naval (E-QPM) com duração de 45 dias; e
            A segunda, destinada à aplicação de conhecimentos técnico-profissionais e dos adquiridos na 1ª fase do estágio, será realizada na OM para a qual o incorporado será designado para servir, com o propósito de habilitá-lo ao desempenho de serviços e práticas militares navais, conforme necessidade da Administração Naval.
            Após a incorporação, o militar RM2 (denominação do voluntário quando incorporado) perceberá remuneração atinente ao seu posto, como previsto na Lei de Remuneração dos Militares (Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, regulamentada pelo Decreto nº 4.307, de 18 de julho de 2002), além dos demais direitos previstos na Lei nº 6.880/80, enquanto estiver no Serviço Ativo.
            Poderão ser concedidas prorrogações de tempo de serviço, de um ano, por
 períodos iguais e sucessivos, a critério do ComDN a que estiver subordinado, desde que o tempo total de serviço prestado não ultrapasse o tempo máximo de 8 (oito) anos no serviço ativo, computando-se para isso, inclusive, o tempo de efetivo Serviço Militar (SM) prestado anterior à convocação. O Oficial RM2 normalmente serve por um período de 8 anos, pois os DN renovam os contratos anualmente até o limite estipulado. Durante o período em que estiver servindo poderá continuar concorrendo nos demais quadros, como o QT (Quadro Técnico), prática também muito comum. Há oficiais de carreira oriundos dos diversos processos seletivos que inicialmente participaram do SMV.

            O(a) voluntário(a), não poderá acumular qualquer cargo, emprego ou função pública, na administração pública Federal, Estadual e Municipal, ainda que da administração pública indireta, exceto para os profissionais de Saúde com profissões regulamentadas, sendo necessário o preenchimento da Declaração de Investidura em Cargo Público para profissionais de Saúde, com profissões regulamentadas, Apêndice XV deste Aviso; ou Declaração Negativa de Investidura em Cargo Público para profissionais de Saúde, com profissões regulamentadas, Apêndice XVI  deste Aviso; ou Declaração Negativa de Investidura em Cargo Público para profissionais das demais Áreas, Apêndice XVII deste Aviso. OBS.: Não fica assegurado ao(à) voluntário(a) o retorno ao emprego anterior quando do seu licenciamento, haja vista a voluntariedade da prestação do Serviço Militar Voluntário (SMV).

            Como este post é voltado para os Pedagogos não vou discorrer sobre as demais profissões, vou ater-me às vagas para os graduados em Pedagogia.
            No último concurso foram disponibilizadas 1 vaga para Vitória (Escola de Aprendizes Marinheiros do Espírito Santo – EAMES) e 7 vagas para o Rio de Janeiro – distribuídas entre as diversas Organizações de Ensino da área Rio.

            Vamos às condições para participar da Seleção:

a) ser voluntário;
b) ser brasileiro nato, nos termos do art. 12, inciso I e seu § 3º inciso VI  da CRFB/88;
c) ter mais de 18 (dezoito) anos e menos de 45 (quarenta e cinco) anos de idade, no ano de sua incorporação;

Bom lembrar que é necessário pagar uma taxa de inscrição no valor de R$ 55,00, em conformidade com o Decreto nº 6.593, de 2 de outubro de 2008, haverá isenção do valor da taxa de inscrição para o voluntário que estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

O processo seletivo será constituído das seguintes Etapas:
1ª Etapa: Prova Objetiva (PO) – eliminatória e classificatória;
2ª Etapa: Verificação de Dados Biográficos (VDB) - eliminatória;
3ª Etapa: Inspeção de Saúde (IS) - eliminatória;
4ª Etapa: Prova de Títulos (PT) - classificatória;
5ª Etapa: Verificação Documental (VD) – eliminatória;
6ª Etapa: Designação à incorporação; e
7ª Etapa: Incorporação.

            Diferentemente dos demais processos neste não há teste físico.

            Quanto a prova, será de caráter eliminatório e classificatório, terá duração de 03 (três) horas e será realizada na sede do DN em que estiver concorrendo, na data e horário previstos no Cronograma de Eventos. A critério do DN, a Prova Objetiva (PO) também poderá ser realizada em outras cidades de sua jurisdição. A PO valerá 100 pontos e abrangerá questões elaboradas de acordo com o programa e a bibliografia. A PO será composta de 50 questões de múltipla escolha, cada uma com 05 opções de resposta, das quais apenas 01 (uma) será correta, com valor de 2 pontos cada, e englobará as matérias  de Língua Portuguesa e Formação Militar Naval, sendo distribuídas 25 questões para cada matéria.

            Bem, há outras informações importantes e relevantes que deixariam este post muito extenso, assim peço que aos interessados acessem o link do Ato de Convocação que deixarei logo abaixo, segue ainda outros link´s interessantes para o referido processo de seleção.

Programa e Bibliografia:
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO I – LÍNGUA PORTUGUESA

GRAMÁTICA
Sistema ortográfico em vigor: emprego das letras, acentuação gráfica e uso do sinal indicador de crase; Morfossintaxe: estrutura e formação de palavras; Classes de palavras e valores sintáticos; Flexão (nominal e verbal); Frase, oração, período; Estrutura da frase; A ordem de colocação dos termos na frase; Pontuação; Relações de sentido na construção do período; Concordância (nominal e verbal); Regência (nominal e verbal); Colocação pronominal; As relações de sentido na construção do texto: denotação, conotação; ambiguidade e polissemia.

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Leitura e análise de textos; Os propósitos do autor e suas implicações na organização do texto; informações implícitas e explícitas; Tipologia textual e gêneros discursivos; Os fatores determinantes da textualidade: coesão, coerência, intencionalidade; aceitabilidade; situacionalidade; informatividade e intertextualidade; Variação linguística: as várias normas e a variedade padrão; Processos argumentativos.

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO II – FORMAÇÃO MILITAR-NAVAL

ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA MARINHA
Forças Armadas (FFAA) – Missão Constitucional; Hierarquia e disciplina; e Comandante Supremo das Forças Armadas; e
Estratégia Nacional de Defesa – Estratégia Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de Desenvolvimento; Natureza e Âmbito da Estratégia Nacional de Defesa; Diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa; Marinha do Brasil: a hierarquia dos objetivos estratégicos e táticos.

LEGISLAÇÃO MILITAR-NAVAL
Estatuto dos Militares – Hierarquia Militar e disciplina; Cargos e Funções militares; Valor e ética militar; Compromisso, comando e subordinação; Violação das obrigações e deveres militares; Crimes militares; Contravenções ou transgressões disciplinares.

RELAÇÕES HUMANAS E LIDERANÇA
Doutrina de Liderança da Marinha – Chefia e Liderança; Aspectos Fundamentais da Liderança; Estilos de Liderança; Seleção de Estilos de Liderança; Fatores da Liderança; Atributos de um Líder; Níveis de Liderança.

HISTÓRIA NAVAL
A História da Navegação:
Os navios de madeira: construindo embarcações e navios; O desenvolvimento dos navios portugueses; O desenvolvimento da navegação oceânica: os instrumentos e as cartas de marear; A vida a bordo dos navios veleiros. A Expansão Marítima Européia e o Descobrimento do Brasil: Fundamentos da organização do Estado português e a expansão ultramarina: Lusitânia; Ordens militares e religiosas; O papel da nobreza; A importância do mar na formação de Portugal; Desenvolvimento econômico e social; A descoberta do Brasil; O reconhecimento da costa brasileira: A expedição de 1501/1502; A expedição de 1502/1503; A expedição de 1503/1504 ; As expedições guarda-costas; A expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa. Invasões Estrangeiras ao Brasil: Invasões francesas no Rio de Janeiro e no Maranhão: Rio de Janeiro; Maranhão; Invasores na foz do Amazonas: Invasões holandesas na Bahia e em Pernambuco: Holandeses na Bahia; A ocupação do Nordeste brasileiro; A insurreição em Pernambuco; A derrota dos holandeses em Recife; Corsários franceses no Rio de Janeiro no século
XVIII ; Guerras, tratados e limites no Sul do Brasil. Formação da Marinha Imperial Brasileira: A vinda da Família Real; Política externa de D. João e a atuação da Marinha :
a conquista de Caiena e a ocupação da Banda Oriental: A Banda Oriental; A Revolta Nativista de 1817 e a atuação da Marinha; Guerra de independência; Elevação do Brasil a
Reino Unido; O retorno de D. João VI para Portugal; A Independência; A Formação de uma Esquadra Brasileira; Operações Navais; Confederação do Equador. A Atuação da Marinha nos Conflitos da Regência e do Início do Segundo Reinado: Conflitos internos; Cabanagem; Guerra dos Farrapos; Sabinada; Balaiada; Revolta Praieira; Conflitos externos; Guerra Cisplatina; Guerra contra Oribe e Rosas. A Atuação da Marinha na Guerra da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai: O bloqueio do Rio Paraná e a Batalha Naval do Riachuelo; Navios encouraçados e a invasão do Paraguai; Curuzu e Curupaiti; Caxias e Inhaúma; Passagem de Curupaiti; Passagem de Humaitá; O recuo das forças paraguaias; O avanço aliado e a Dezembrada; A ocupação de Assunção e a fase final da guerra. A Marinha na República: Primeira Guerra Mundial: Antecedentes; O preparo do Brasil; A Divisão Naval em Operações de Guerra; O Período entre Guerras; A situação em 1940; Segunda Guerra mundial: Antecedentes; Início das hostilidades e ataques aos nossos navios mercantes; A Lei de Empréstimo e Arrendamento e modernizações de nossos meios e defesa ativa da costa brasileira; Defesas Locais; Defesa Ativa; A Força Naval do Nordeste; O Emprego Permanente do Poder Naval: O Poder Naval na guerra e na paz: Classificação; A percepção do Poder Naval; O emprego permanente do Poder Naval.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
LÍNGUA PORTUGUESA
AZEREDO, José Carlos de. Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa – 2.ed. – São Paulo: Publifolha, 2008.
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para Entender o Texto: Leitura e Redação
17.ed. – São Paulo: Ática, 2007.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
São Paulo: Publifolha, 2009.
KOCH, Ingedore Villaça; Elias, Vanda Maria. Ler e Compreender: os Sentidos do Texto. São Paulo: Contexto, 2010.
______. Ler e Escrever: Estratégias de Produção Textual. São Paulo: Contexto, 2011.
LUFT, Celso Pedro. Dicionário prático de regência nominal – 5.ed. – São Paulo: Ática, 2010.
______. Dicionário prático de regência verbal – 9.ed. – São Paulo: Ática, 2010.

FORMAÇÃO MILITAR-NAVAL
ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA MARINHA
BRASIL. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Título V. Promulgada em 5 de outubro de 1988.
_____. Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008.
Estratégia Nacional de Defesa. Capítulo 1 (Formulação Sistemática). Diário Oficial da União.

LEGISLAÇÃO MILITAR-NAVAL
BRASIL. Lei nº 6.880, de 9 dezembro de 1980. Estatuto dos Militares. Títulos I e II. Vade Mécum Naval. Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha. ed. rev. Rio de Janeiro,2009.

RELAÇÕES HUMANAS E LIDERANÇA
BRASIL. Marinha do Brasil. Estado-Maior da Armada. EMA-137 – Doutrina de Liderança da Marinha. Capítulo 1, rev. 1. Brasília, DF, 2013. Disponível para Download em:
<www.ema.mb/docs/publicacoes/public.html>.

HISTÓRIA NAVAL
BITTENCOURT, A. de S.; LOUREIRO, M.J.G.; RESTIER JÚNIOR, R.J.P.
Jerônimo de Albuquerque e o Comando da Força Naval contra os Franceses no Maranhão In. Revista Navigator. V. 7/N.13. Rio de Janeiro, jun/2011. pp. 76-82. Disponível em: <(http://www.revistanavigator.com.br/navig13/art/N13_art2.pdf)>. ou disponível também:<http://redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000008/0000089e.pdf>.
BITTENCOURT, A. de S. Introdução à História Marítima Brasileira. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2006. Disponível em:
<http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000008/00000898.pdf>.
VIDIGAL, A.A.F. A Evolução tecnológica no setor naval na segunda metade do século XIX e as consequências para a Marinha do Brasil. In. Revista Marítima Brasileira. V. 120/N.10-12. Rio de Janeiro, out/dez 2000. pp. 131-197. Disponível em:

Aqueles que desejarem material preparatório add whatsapp (22) 98837-4228.



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