Prezados Pedagogos Concurseiros trago neste post uma outra opção para
aqueles que desejam servir à Marinha do Brasil, porém como é uma forma
alternativa trás consigo algumas particularidades interessantes e que deverão
ser levadas em consideração ao escolherem este caminho.
PROCESSO SELETIVO DE PROFISSIONAIS DE NÍVEL
SUPERIOR DAS ÁREAS DE SAÚDE, APOIO À
SAÚDE, TÉCNICA, MAGISTÉRIO E ENGENHARIA, PARA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO MILITAR
VOLUNTÁRIO COMO OFICIAIS TEMPORÁRIOS DA
MARINHA DO BRASIL
A primeira grande diferença nesta modalidade é que
o processo não é nacional, é um processo realizado no âmbito dos 9
Distritos Navais (DN) onde cada um estabelece suas vagas e seu calendário,
porém o formato de seleção é o mesmo para todos os Distritos.
Os voluntários aprovados e
classificados dentro do número de vagas serão convocados para cumprir um
período inicial no Serviço Militar Voluntário (SMV), o qual terá duração total
de doze meses, e será prestado na forma de Estágio.
Esses estágios serão divididos em
duas fases:
A primeira, destinada à INSTRUÇÃO
MILITAR-NAVAL, terá duração de 45 dias, sendo realizada em Órgão de Formação da
Reserva (OFR) ou Centro de Instrução (os incorporados receberão instrução
Militar-Naval, sendo capacitados ao exercício de atividades
técnico-administrativas correlatas às profissões de nível superior para as
quais foram selecionados, e serão avaliados mediante aplicação de testes
estabelecidos em currículo disciplinar, referentes à formação Militar-Naval do
EAS ou do EST), sendo complementada, quando for interesse da Administração
Naval, pelo Estágio de Qualificação de Prática Militar-Naval (E-QPM) com
duração de 45 dias; e
A segunda, destinada à aplicação de
conhecimentos técnico-profissionais e dos adquiridos na 1ª fase do estágio,
será realizada na OM para a qual o incorporado será designado para servir, com
o propósito de habilitá-lo ao desempenho de serviços e práticas militares
navais, conforme necessidade da Administração Naval.
Após a incorporação, o militar RM2
(denominação do voluntário quando incorporado) perceberá remuneração atinente
ao seu posto, como previsto na Lei de Remuneração dos Militares (Medida
Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, regulamentada pelo Decreto nº
4.307, de 18 de julho de 2002), além dos demais direitos previstos na Lei nº
6.880/80, enquanto estiver no Serviço Ativo.
Poderão ser concedidas prorrogações
de tempo de serviço, de um ano, por
períodos iguais e sucessivos, a critério do
ComDN a que estiver subordinado, desde que o tempo total de serviço prestado
não ultrapasse o tempo máximo de 8 (oito) anos no serviço ativo, computando-se
para isso, inclusive, o tempo de efetivo Serviço Militar (SM) prestado anterior
à convocação. O Oficial RM2 normalmente serve por um período de 8 anos, pois os
DN renovam os contratos anualmente até o limite estipulado. Durante o período
em que estiver servindo poderá continuar concorrendo nos demais quadros, como o
QT (Quadro Técnico), prática também muito comum. Há oficiais de carreira
oriundos dos diversos processos seletivos que inicialmente participaram do SMV.
O(a) voluntário(a), não poderá
acumular qualquer cargo, emprego ou função pública, na administração pública
Federal, Estadual e Municipal, ainda que da administração pública indireta,
exceto para os profissionais de Saúde com profissões regulamentadas, sendo
necessário o preenchimento da Declaração de Investidura em Cargo Público para
profissionais de Saúde, com profissões regulamentadas, Apêndice XV deste Aviso;
ou Declaração Negativa de Investidura em Cargo Público para profissionais de
Saúde, com profissões regulamentadas, Apêndice XVI deste Aviso; ou Declaração Negativa de
Investidura em Cargo Público para profissionais das demais Áreas, Apêndice XVII
deste Aviso. OBS.: Não fica assegurado ao(à) voluntário(a) o retorno ao
emprego anterior quando do seu licenciamento, haja vista a voluntariedade da
prestação do Serviço Militar Voluntário (SMV).
Como este post é voltado para os
Pedagogos não vou discorrer sobre as demais profissões, vou ater-me às vagas
para os graduados em Pedagogia.
No último concurso foram
disponibilizadas 1 vaga para Vitória (Escola de Aprendizes Marinheiros do
Espírito Santo – EAMES) e 7 vagas para o Rio de Janeiro – distribuídas entre as
diversas Organizações de Ensino da área Rio.
Vamos às condições para participar
da Seleção:
a) ser
voluntário;
b) ser
brasileiro nato, nos termos do art. 12, inciso I e seu § 3º inciso VI da CRFB/88;
c) ter mais
de 18 (dezoito) anos e menos de 45 (quarenta e cinco) anos de idade, no ano de
sua incorporação;
Bom
lembrar que é necessário pagar uma taxa de inscrição no valor de R$ 55,00, em
conformidade com o Decreto nº 6.593, de 2 de outubro de 2008, haverá isenção do
valor da taxa de inscrição para o voluntário que estiver inscrito no Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
O processo
seletivo será constituído das seguintes Etapas:
1ª Etapa: Prova Objetiva (PO) – eliminatória e classificatória;
2ª Etapa: Verificação de Dados Biográficos (VDB) - eliminatória;
3ª Etapa: Inspeção de Saúde (IS) - eliminatória;
4ª Etapa: Prova de Títulos (PT) - classificatória;
5ª Etapa: Verificação Documental (VD) – eliminatória;
6ª Etapa: Designação à incorporação; e
7ª Etapa: Incorporação.
Diferentemente dos
demais processos neste não há teste físico.
Quanto a prova, será de caráter
eliminatório e classificatório, terá duração de 03 (três) horas e será
realizada na sede do DN em que estiver concorrendo, na data e horário previstos
no Cronograma de Eventos. A critério do DN, a Prova Objetiva (PO) também poderá
ser realizada em outras cidades de sua jurisdição. A PO valerá 100 pontos e
abrangerá questões elaboradas de acordo com o programa e a bibliografia. A PO
será composta de 50 questões de múltipla escolha, cada uma com 05 opções de
resposta, das quais apenas 01 (uma) será correta, com valor de 2 pontos cada, e
englobará as matérias de Língua
Portuguesa e Formação Militar Naval, sendo distribuídas 25 questões para cada
matéria.
Bem, há outras informações
importantes e relevantes que deixariam este post muito extenso, assim peço que
aos interessados acessem o link do Ato de Convocação que deixarei logo abaixo,
segue ainda outros link´s interessantes para o referido processo de seleção.
Programa e
Bibliografia:
ÁREA DE
CONCENTRAÇÃO I – LÍNGUA PORTUGUESA
GRAMÁTICA
Sistema
ortográfico em vigor: emprego das letras, acentuação gráfica e uso do sinal
indicador de crase; Morfossintaxe: estrutura e formação de palavras; Classes de
palavras e valores sintáticos; Flexão (nominal e verbal); Frase, oração,
período; Estrutura da frase; A ordem de colocação dos termos na frase;
Pontuação; Relações de sentido na construção do período; Concordância (nominal
e verbal); Regência (nominal e verbal); Colocação pronominal; As relações de
sentido na construção do texto: denotação, conotação; ambiguidade e polissemia.
COMPREENSÃO
E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Leitura e
análise de textos; Os propósitos do autor e suas implicações na organização do
texto; informações implícitas e explícitas; Tipologia textual e gêneros
discursivos; Os fatores determinantes da textualidade: coesão, coerência,
intencionalidade; aceitabilidade; situacionalidade; informatividade e
intertextualidade; Variação linguística: as várias normas e a variedade padrão;
Processos argumentativos.
ÁREA DE
CONCENTRAÇÃO II – FORMAÇÃO MILITAR-NAVAL
ORGANIZAÇÃO
BÁSICA DA MARINHA
Forças
Armadas (FFAA) – Missão Constitucional; Hierarquia e disciplina; e Comandante
Supremo das Forças Armadas; e
Estratégia
Nacional de Defesa – Estratégia Nacional de Defesa e Estratégia Nacional de
Desenvolvimento; Natureza e Âmbito da Estratégia Nacional de Defesa; Diretrizes
da Estratégia Nacional de Defesa; Marinha do Brasil: a hierarquia dos objetivos
estratégicos e táticos.
LEGISLAÇÃO
MILITAR-NAVAL
Estatuto dos
Militares – Hierarquia Militar e disciplina; Cargos e Funções militares; Valor
e ética militar; Compromisso, comando e subordinação; Violação das obrigações e
deveres militares; Crimes militares; Contravenções ou transgressões
disciplinares.
RELAÇÕES
HUMANAS E LIDERANÇA
Doutrina de
Liderança da Marinha – Chefia e Liderança; Aspectos Fundamentais da Liderança;
Estilos de Liderança; Seleção de Estilos de Liderança; Fatores da Liderança;
Atributos de um Líder; Níveis de Liderança.
HISTÓRIA
NAVAL
A História
da Navegação:
Os navios de
madeira: construindo embarcações e navios; O desenvolvimento dos navios
portugueses; O desenvolvimento da navegação oceânica: os instrumentos e as
cartas de marear; A vida a bordo dos navios veleiros. A Expansão Marítima
Européia e o Descobrimento do Brasil: Fundamentos da organização do Estado
português e a expansão ultramarina: Lusitânia; Ordens militares e religiosas; O
papel da nobreza; A importância do mar na formação de Portugal; Desenvolvimento
econômico e social; A descoberta do Brasil; O reconhecimento da costa
brasileira: A expedição de 1501/1502; A expedição de 1502/1503; A expedição de
1503/1504 ; As expedições guarda-costas; A expedição colonizadora de Martim
Afonso de Sousa. Invasões Estrangeiras ao Brasil: Invasões francesas no Rio de
Janeiro e no Maranhão: Rio de Janeiro; Maranhão; Invasores na foz do Amazonas:
Invasões holandesas na Bahia e em Pernambuco: Holandeses na Bahia; A ocupação
do Nordeste brasileiro; A insurreição em Pernambuco; A derrota dos holandeses
em Recife; Corsários franceses no Rio de Janeiro no século
XVIII ;
Guerras, tratados e limites no Sul do Brasil. Formação da Marinha Imperial
Brasileira: A vinda da Família Real; Política externa de D. João e a atuação da
Marinha :
a conquista
de Caiena e a ocupação da Banda Oriental: A Banda Oriental; A Revolta Nativista
de 1817 e a atuação da Marinha; Guerra de independência; Elevação do Brasil a
Reino Unido;
O retorno de D. João VI para Portugal; A Independência; A Formação de uma
Esquadra Brasileira; Operações Navais; Confederação do Equador. A Atuação da
Marinha nos Conflitos da Regência e do Início do Segundo Reinado: Conflitos
internos; Cabanagem; Guerra dos Farrapos; Sabinada; Balaiada; Revolta Praieira;
Conflitos externos; Guerra Cisplatina; Guerra contra Oribe e Rosas. A Atuação
da Marinha na Guerra da Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai: O
bloqueio do Rio Paraná e a Batalha Naval do Riachuelo; Navios encouraçados e a
invasão do Paraguai; Curuzu e Curupaiti; Caxias e Inhaúma; Passagem de
Curupaiti; Passagem de Humaitá; O recuo das forças paraguaias; O avanço aliado
e a Dezembrada; A ocupação de Assunção e a fase final da guerra. A Marinha na
República: Primeira Guerra Mundial: Antecedentes; O preparo do Brasil; A
Divisão Naval em Operações de Guerra; O Período entre Guerras; A situação em
1940; Segunda Guerra mundial: Antecedentes; Início das hostilidades e ataques
aos nossos navios mercantes; A Lei de Empréstimo e Arrendamento e modernizações
de nossos meios e defesa ativa da costa brasileira; Defesas Locais; Defesa
Ativa; A Força Naval do Nordeste; O Emprego Permanente do Poder Naval: O Poder
Naval na guerra e na paz: Classificação; A percepção do Poder Naval; O emprego
permanente do Poder Naval.
BIBLIOGRAFIA
SUGERIDA
LÍNGUA
PORTUGUESA
AZEREDO,
José Carlos de. Escrevendo pela nova ortografia: como usar as regras do novo
acordo ortográfico da língua portuguesa – 2.ed. – São Paulo: Publifolha, 2008.
BECHARA,
Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
CUNHA,
Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Rio de
Janeiro:
Nova Fronteira, 2009.
FIORIN, José
Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Para Entender o Texto: Leitura e Redação
17.ed. – São
Paulo: Ática, 2007.
HOUAISS,
Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
São Paulo:
Publifolha, 2009.
KOCH,
Ingedore Villaça; Elias, Vanda Maria. Ler e Compreender: os Sentidos do Texto.
São Paulo: Contexto, 2010.
______. Ler
e Escrever: Estratégias de Produção Textual. São Paulo: Contexto, 2011.
LUFT, Celso
Pedro. Dicionário prático de regência nominal – 5.ed. – São Paulo: Ática, 2010.
______.
Dicionário prático de regência verbal – 9.ed. – São Paulo: Ática, 2010.
FORMAÇÃO
MILITAR-NAVAL
ORGANIZAÇÃO
BÁSICA DA MARINHA
BRASIL.
Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Título V. Promulgada em 5 de outubro de 1988.
_____.
Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008.
Estratégia
Nacional de Defesa. Capítulo 1 (Formulação Sistemática). Diário Oficial da
União.
LEGISLAÇÃO
MILITAR-NAVAL
BRASIL. Lei
nº 6.880, de 9 dezembro de 1980. Estatuto dos Militares. Títulos I e II. Vade
Mécum Naval. Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha. ed.
rev. Rio de Janeiro,2009.
RELAÇÕES
HUMANAS E LIDERANÇA
BRASIL.
Marinha do Brasil. Estado-Maior da Armada. EMA-137 – Doutrina de Liderança da
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HISTÓRIA
NAVAL
BITTENCOURT,
A. de S.; LOUREIRO, M.J.G.; RESTIER JÚNIOR, R.J.P.
Jerônimo de
Albuquerque e o Comando da Força Naval contra os Franceses no Maranhão In.
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em: <(http://www.revistanavigator.com.br/navig13/art/N13_art2.pdf)>. ou
disponível
também:<http://redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000008/0000089e.pdf>.
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VIDIGAL,
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Aqueles que
desejarem material preparatório add whatsapp (22) 98837-4228.